Em 1997 alguns irmãos (Jorge Vicente, Edson Rosendo e Ricardo Freitas), vindos de Caruaru chegaram para “alvoroçar” a Igreja Batista Emanuel na cidade de Petrolândia, sertão do Pernambuco. A convite do então pastor da igreja, Valdir de Araújo Penaforte, fizeram uma pequena conferência na igreja, apresentando algumas doutrinas que não eram familiares àquela congregação: depravação total do homem, soberania de Deus na salvação, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível. Após cada exposição, seguiam-se os debates, as contestações, as perguntas, as surpresas. Passada a conferência, o Pr. Valdir Penaforte informou que agora ensinaria a igreja a partir daquela perspectiva teológica e doutrinária: a da Reforma Protestante. Estávamos no final do mês de julho daquele ano. Querelas teológicas à parte, o fato é que descobrimos que muito pouco conhecíamos da Bíblia, e menos ainda de nossa trajetória cristã (enquanto Batistas), sem falar do total desconhecimento da História da Igreja. Assim, os membros da Igreja Batista Emanuel passaram a estudar com afinco as Sagradas Escrituras, ou para contestar aquelas “heresias” ou para submetê-las ao crivo da Lei de Deus. Descobrimos, pela Graça de Deus, que os ensinamentos pelagianos, semi-pelagianos e arminianos estavam tão entranhados na nossa vida que não enxergávamos com um mínimo de clareza o que significava a Soberania de Deus. Grande foi a luta, pois começávamos a negar muito do que considerávamos verdades incontestáveis, como o livre-arbítrio do homem com relação à salvação; o nosso alicerce doutrinário estava ruindo e nossas certezas transformadas em dúvidas cada vez maiores. Certo membro confessou: tenho receio até de orar. Enquanto o passado desmoronava, um futuro promissor nos desafiava, ao passo em que, no presente, vivenciávamos essa transição incerta, pois não tínhamos respostas para tudo. Entretanto, pela graça, misericórdia e fé em Cristo, estávamos convictos que aquele era o caminho certo, um caminho sem volta. Passamos a estudar dominicalmente a Confissão de Fé Batista de 1689, prefaciada por Charles Haddon Spurgeon – qual não tinha sido nossa surpresa ao saber que um dos batistas mais conhecidos de todos os tempos era “calvinista”. E, em 14 de novembro de 1999, numa Assembleia Extraordinária, que contava com a presença da Congregação Batista Reformada de Caruaru, a Igreja Batista Emanuel se tornou uma igreja confessional, aprovando, por unanimidade, a Confissão de Fé Batista de 1689, como sendo sua declaração de fé.
A Deus toda Glória, eternamente. Amém!
A Deus toda Glória, eternamente. Amém!