quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Viagem do Pr. Edson à Congregação Batista em Teresina - Piauí

Depois de um período de quase dois anos sem visitar a Congregação Batista Reformada em Teresina, finalmente chegou a oportunidade de nos redimirmos de parte dessa falta. Digo “em parte” porque a comunicação estava sendo exclusivamente via e-mail, entre Caruaru e o pastor Jorge Vicente. Foi assim que rumamos nas primeiras horas da manhã da sexta-feira 2/12 – eu e Osvaldo Pinheiro – chegando a Teresina às 18 horas do mesmo dia, depois de percorrermos 1.020 quilômetros. A viagem foi sossegada e a rodovia estava umtapete”. Fomos acolhidos como anjos pelo pastor Jorge e sua família. Suely, muito hospitaleira, preparou-nos o jantar e, depois de muita conversa, fomos dormir. No sábado pela manhã estivemos conversando sobre a Congregação e até recebemos alguns irmãos, que se movimentavam muito, preparando coisas especiais por causa da nossa visita, o que muito nos honrou. À tarde recebemos a visita do pastor Marcus Paixão, sua esposa Iranildes e sua filha Letícia, que vieram de Campo Maior, distante 80 km, para estarem conosco à tarde e participarem do culto à noite. Conversamos muito sobre as duas igrejas e também sobre assuntos interessantes e decisões que estavam para ser tomadas nos próximos dias, que teriam repercussão a favor da reformada dentre os batistas da área. O pastor Marcus Paixão tem procurado estar junto do pastor Jorge, a fim de que as duas congregações batistas do Estado apóiem-se uma na outra, estreitando os laços, a fim de se tornarem mais resistentes e operosas. À noite fomos para a Congregação, onde os irmãos nos esperavam. O pastor Jorge Vicente presidiu a reunião, que constou de leitura bíblica, cântico de alguns salmos e hinos, orações e depois me foi passada a palavra para a pregação. Discorri sobre a carta de Paulo a Filemom, procurando trazer algumas lições de como deve o cristão se comportar em diversas situações. Depois do culto, a Congregação recepcionou os presentes com um delicioso lanche, que ainda serviu de aperitivo para um lauto jantar que a irmã Suely nos havia preparado para quando do nosso retorno à sua casa. No culto estiveram presentes, além dos irmãos da Congregação, o irmão Kennedy e um casal, todos da relação da igreja em Campo Maior. na casa do pastor Jorge, jantamos e conversamos até alta hora. Ao final, oramos e o pastor Marcus retornou à sua cidade juntamente com a sua família, vencendo os 80 km que separam Teresina de Campo Maior. Fomos dormir. No dia do Senhor, depois do café matinal, começamos a receber os irmãos da Congregação para o culto, que foi realizado na casa pastoral. Também nessa oportunidade o presidente do culto – o pastor Jorge – leu a escritura, cantamos hinos e salmos, oramos e depois a palavra me foi dada para a pregação, quando discorri sobre O SUSTENTO FINANCEIO DA CAUSA, segundo as escrituras. Na verdade foi um diálogo entre o palestrante e a Congregação, com muitas perguntas e respostas de ambos os lados, para melhor fixação desse assunto tão importante, mormente que a Congregação tem crescido e a médio prazo ascenderá à condição de igreja, precisando aprender as coisas próprias de igreja. Perto do meio dia almoçamos na própria casa do pastor, onde todos os irmãos contribuíram com pratos deliciosos, tendo as irmãs brilhado em servir, no seio da Congregação. À tarde descansamos e à noite fomos novamente para a Congregação, na vila Joana D’Arc, para o culto solene, momento em que a igreja participou da Ceia do Senhor. A pregação também foi ao meu encargo, e discorri sobre Ezequiel 37.1-14, mostrando o poder descomunal da Palavra de Deus. Depois do culto, congraçamo-nos com todos os irmãos e retornamos à casa do pastor, onde fomos dormir, para acordar cedo e retornar a Caruaru, o que se deu a partir das 4 da matina, quando deixamos a cidade debaixo de muitas saudades, chegando a Caruaru às 16 horas, depois de uma viagem sossegada e guardados pelo poder de Deus. A Congregação experimenta excelente fase, onde os membros antigos, os primeiros, manifestaram grande crescimento na , e também algumas pessoas que se aproximaram da Congregação estão experimentando grande crescimento no conhecimento da Palavra de Deus. Há dois casais bastante interessados, assíduos, Francisco/Catarina e Alex/Camila, além da irmã Elizete, quealguns meses professou a e se batizou, estando muito firme e convicta da Palavra de Deus. Há também uma irmã – Sebastiana – oriunda de uma igreja batista de prática pentecostal, mas que tem entendido as doutrinas da graça de modo maravilhoso. Há também uma enfermeira e uma jovem que trabalha no McDonald’s, que não estavam presentes por causa das escalas de trabalho, porém, as melhores referências foram feitas às duas. Fato notável foi a aproximação de Araújo, marido da irmã Marinalva, um outrora marido ruim, alcoólatra, destruidor, mas que foi atraído por Jesus e está na Congregação, preparando-se para professar a e se batizar, no que se constituiu numa grande bênção para a sua família [esposa e filhos, todos na Congregação]. Assinalamos também o dom que o irmão Yuri recebeu de Deus para tocar seu violão e acompanhar os salmos, o que ele está fazendo muito bem e com grande dedicação, além de ser um crente muito sério com relação às coisas de Deus. É palpável a diferença no louvor entre a congregação de antes e a de agora. Em suma, vimos muita consistência nos irmãos e visitantes que ali se reúnem e tudo atribuímos à pregação da Palavra de Deus que é proferida no púlpito de maneira coordenada e verdadeira, e a própria Palavra tem feito maravilhas no seio da Congregação, no seio da vila onde está inserida. Retornamos dando graças a Deus por tudo quanto vimos e ouvimos ali na nossa Congregação.

Caruaru (PE), quarta-feira 7 de dezembro de 2011.

Edson Rosendo de Azevedo - pastor

domingo, 13 de novembro de 2011

Desafio à Reforma: Comemorando 12 anos da adoção da Confissão de Fé Batista de 1689

Em 1997 alguns irmãos (Jorge Vicente, Edson Rosendo e Ricardo Freitas), vindos de Caruaru chegaram para “alvoroçar” a Igreja Batista Emanuel na cidade de Petrolândia, sertão do Pernambuco. A convite do então pastor da igreja, Valdir de Araújo Penaforte, fizeram uma pequena conferência na igreja, apresentando algumas doutrinas que não eram familiares àquela congregação: depravação total do homem, soberania de Deus na salvação, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível. Após cada exposição, seguiam-se os debates, as contestações, as perguntas, as surpresas. Passada a conferência, o Pr. Valdir Penaforte informou que agora ensinaria a igreja a partir daquela perspectiva teológica e doutrinária: a da Reforma Protestante. Estávamos no final do mês de julho daquele ano. Querelas teológicas à parte, o fato é que descobrimos que muito pouco conhecíamos da Bíblia, e menos ainda de nossa trajetória cristã (enquanto Batistas), sem falar do total desconhecimento da História da Igreja. Assim, os membros da Igreja Batista Emanuel passaram a estudar com afinco as Sagradas Escrituras, ou para contestar aquelas “heresias” ou para submetê-las ao crivo da Lei de Deus. Descobrimos, pela Graça de Deus, que os ensinamentos pelagianos, semi-pelagianos e arminianos estavam tão entranhados na nossa vida que não enxergávamos com um mínimo de clareza o que significava a Soberania de Deus. Grande foi a luta, pois começávamos a negar muito do que considerávamos verdades incontestáveis, como o livre-arbítrio do homem com relação à salvação; o nosso alicerce doutrinário estava ruindo e nossas certezas transformadas em dúvidas cada vez maiores. Certo membro confessou: tenho receio até de orar. Enquanto o passado desmoronava, um futuro promissor nos desafiava, ao passo em que, no presente, vivenciávamos essa transição incerta, pois não tínhamos respostas para tudo. Entretanto, pela graça, misericórdia e fé em Cristo, estávamos convictos que aquele era o caminho certo, um caminho sem volta. Passamos a estudar dominicalmente a Confissão de Fé Batista de 1689, prefaciada por Charles Haddon Spurgeon – qual não tinha sido nossa surpresa ao saber que um dos batistas mais conhecidos de todos os tempos era “calvinista”. E, em 14 de novembro de 1999, numa Assembleia Extraordinária, que contava com a presença da Congregação Batista Reformada de Caruaru, a Igreja Batista Emanuel se tornou uma igreja confessional, aprovando, por unanimidade, a Confissão de Fé Batista de 1689, como sendo sua declaração de fé.
A Deus toda Glória, eternamente. Amém!





sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ativistas gays cortam conta de PayPal de Julio Severo, tradutor de LifeSiteNews e ativista pró-vida





Clique aqui para assinar uma petição dirigida ao PayPal em protesto contra a perseguição aos cristãos pró-família
19 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família)

Sob pressão de ativistas homossexuais, o PayPal decidiu rejeitar serviço a Julio Severo, famoso ativista pró-vida e pró-família cristão do Brasil.
Além disso, pelo menos duas organizações cristãs visadas pelos mesmos ativistas permanecem sob investigação do PayPal e poderão também perder o uso do serviço.

Severo, escritor evangélico que também traduz para LifeSiteNews, mantém um blog muito influente em português que é lido e comentado por políticos do governo federal do Brasil. Ele é também o autor de dois livros, inclusive um sobre o movimento homossexual no Brasil. (Veja seu blog em português aqui e seu blog em inglês aqui.)

Em semanas recentes, a conta de PayPal de Severo se tornou alvo do grupo homossexual “All Out” (Todos Fora do Armário), que criou uma petição online para pressionar o PayPal a livrar-se de Severo e nove outros usuários do PayPal como fomentadores de “ódio” e “extremismo”. O site de Severo expressa amor aos homossexuais e uma preocupação com o fato de que a conduta homossexual é destrutiva para aqueles que dela participam.Depois da resposta de Severo comentando que ele não é uma organização, apenas um indivíduo, o PayPal respondeu hoje declarando: “Apreciamos seu interesse no PayPal. Contudo, devido às restrições legais e regulatórias, a empresa PayPal Private Limited não pode processar pagamentos de doações para entidades de caridades e organizações sem fins lucrativos que não foram registradas; organizações/partidos políticos; instituições religiosas; levantadores de fundos para pessoas ou organizações, etc., em países sob sua jurisdição”.

Depois do lançamento da campanha, Severo e vários outros na lista foram contatados pelo PayPal, que pediu informações sobre as organizações deles e insinuou que eles não estão em conformidade com as políticas do PayPal.

“Essa não é uma decisão que fazemos com pouco caso, e lamentamos profundamente qualquer inconveniência ou frustração que essa questão possa lhe causar”, acrescenta o PayPal. “Por favor, compreenda que essa decisão é definitiva”.

O PayPal acrescentou que durante 180 dias não permitirá que Severo acesse nenhum dinheiro que restou em sua conta. Depois desse prazo, a empresa lhe dará informação de como recuperar o dinheiro.

Há anos os militantes homossexuais vêm tentando silenciar Severo, e a eliminação de sua conta no PayPal é o terceiro maior sucesso obtido na campanha deles.

Em 2009, Severo foi forçado a fugir do Brasil com sua família depois que o Ministério Público Federal começou a investigá-lo por criticar a conduta dos homossexuais durante a Parada Gay. No Brasil, há restrições para se criticar a conduta homossexual.

Os homossexuais também deram um jeito de remover o blog de Severo por um curto período de tempo em 2008, depois de se queixaram de seu conteúdo. No entanto, depois de uma indignação em massa de cristãos do Brasil, o blog dele foi restaurado.

“Estou muito preocupado, pois o PayPal se prostrou aos militantes gays e sua campanha de ódio para que eu fosse excluído do PayPal”, Severo disse para LifeSiteNews.

“Uso o PayPal para pagar serviços essenciais para mim e minha família. E estamos numa situação muito limitada, pois estamos longe do Brasil por causa de perseguição gay e governamental. Nossos recursos são limitados”, acrescentou ele. “E agora sob pressão de meus perseguidores, o PayPal está garantindo que minhas opções para receber doações sejam ainda mais limitadas e difíceis.

“Milhões de indivíduos usam o PayPal para receber dinheiro. Por que não posso receber também?” Severo pergunta e aponta que “não sou uma instituição beneficente. Sou apenas um cristão individual com esposa e quatro filhos pequenos”.

Peter LaBarbera, de Americanos pela Verdade acerca da Homossexualidade (Americans for Truth About Homosexuality [AFTAH:http://aftah.org]), que está também sob investigação do PayPal, disse que as ações do PayPal indicam uma “estação aberta de caça aos cristãos” por parte dos ativistas homossexuais.

“É pavoroso e até mesmo chocante que o PayPal tenha removido a conta do herói pró-família brasileiro Julio Severo, usando alguns pretextos burocráticos”, LaBarbera disse para LifeSiteNews. “Ao que tudo indica agora é estação aberta de caça aos cristãos no mundo empresarial”.

“Julio tem um blog muito eficaz — é por isso que ele se tornou alvo dos grupos homossexuais de pressão política. A Esquerda não consegue dar respostas para as ideias dele, de modo que estão mirando seus recursos financeiros. Ao eliminar a conta de Julio dias depois do lançamento da campanha de propaganda gay do All Out, o PayPal se une às fileiras das empresas anticristãs que já escolheram um dos lados da Guerra Cultural — contra os crentes fiéis”.http://juliosevero.blogspot.com/2011/09/ativistas-gays-cortam-conta-de-paypal.html_


Informações de contato:
Para assinar uma petição contra a perseguição de cristãos pró-família visados pela campanha do PayPal, clique aqui.


Ligue para o PayPal nos EUA: 1-402-935-2050
Envie um e-mail ao PayPal clicando aqui e selecionando “Email Us”. Pessoas que não têm conta no PayPal podem selecionar a opção à direita e receberão um formulário para preencher.

Cobertura anterior LifeSiteNews:
* PayPal lança investigação contra grupos pró-família depois que homossexuais se queixam
* Homossexuais querem eliminar contas do PayPal de organizações pró-família

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/gay-activists-get-lifesitenews-translator-and-pro-family-activist-julio-sev/

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Viagem Missionária do Pastor Edson Rosendo a Belém do Pará


Pr. Edson Rosendo
Saímos de Recife na sexta-feira 2/9/2011 com destino à cidade de Belém (PA), a fim de instituirmos – em nome da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru – a congregação batista reformada naquela cidade. A caravana foi composta por mim, pelos diáconos Carlos Roberto Pinheiro e Ezequiel Farias de Lucena e mais o irmão Manoel Santos, incansável apoiador da obra missionária. Chegamos ao nosso destino já de noite, onde rumamos para o hotel que costumeiramente nos recebe. No sábado aproveitamos o dia para fazer os preparativos do que iria acontecer no sábado e no domingo.
Chegamos à congregação pouco antes das 19h00, onde fomos bem recebidos pelos irmãos e logo em seguida iniciamos a primeira reunião, quando cantamos salmos ao Senhor, oramos e o pastor Edson pregou sobre a necessidade de prover o sustento financeiro da obra de Deus.
Depois da reunião comemoramos o aniversário do pastor Manoel Coelho [38 anos], que tem estado à frente da congregação. Tendo conversado fartamente com os irmãos, fomos dormir. No domingo pela manhã chegamos à congregação antes das 9 horas. A reunião foi iniciada e a ordem constou de leitura bíblica, oração, cântico dos salmos e a pregação, quando o pastor Edson discorreu sobre a necessidade da disciplina eclesiástica como instrumento de correção e manutenção da santidade dentro da igreja. O sermão instruiu como tratar os casos de pecado particular ou público não escandaloso e também como tratar os pecados públicos escandalosos. O pregador concluiu com a instrução sobre o perdão, fator que deve ser praticado com toda facilidade pela igreja. Terminada a reunião, todos nos dirigimos a pé para uma Igreja Quadrangular próxima, a fim de usarmos o batistério para os batismos; O pastor Manoel Coelho, antigo pastor da Igreja Quadrangular, conseguiu mediante amizade o local para esse evento.
Depois de uma caminhada de mais ou menos 10 minutos, em plena manhã de sol amazônica, chegamos ao local e a reunião da igreja quadrangular já havia sido encerrada, estando apenas o zelador a nos esperar. Ali entramos e ouvimos 5 irmãos em profissão de fé [três mulheres e dois homens, entre eles o pastor Manoel Coelho], que mostraram com toda segurança uma nova relação com Jesus Cristo, bem como a convicção do porquê ingressar na Igreja Batista Reformada, numa igreja confessional. Sendo aceitos os seus testemunhos, apenas a irmã Ana Carolina Coelho desceu às águas do batismo, pois era a única que não tinha sido batizada por imersão. Precisamente ao meio dia a reunião foi encerrada e fomos todos almoçar.
À noite, o culto teve início às 19 horas, com uma liturgia simples, onde a escritura foi lida, os salmos entoados, algumas orações foram elevadas e a pregação proferida, quando o pregador falou durante uma hora baseado em Romanos 8.29-30. Depois da pregação, a primeira ceia foi realizada, a congregação foi declarada instituída e o pastor Manoel Coelho foi empossado como seu presidente.
Nas suas palavras de gratidão, o pastor Manoel Coelho historiou a sua solidão como convicto batista reformado, o modo como procurou e conheceu a CRBB, citando a resposta obtida do irmão Alberto Costa, e de como este encaminhou o pastor Edson para um primeiro contato [por estar geograficamente mais próximo, mesmo isso significando cerca de 2.100 quilômetros], e de como, num curto espaço de tempo, o contato progrediu de tal maneira que uma congregação batista reformada está sendo instituída hoje.
Depois dessas palavras, o pastor Manoel Coelho encerrou o culto e todos os presentes estavam em grande júbilo. Cerca de quinze irmãos se reúnem, porém, somente 5 deles professaram a fé e ingressaram na igreja de Caruaru, constituindo a congregação. Os demais estão em processo de estudo da Confissão de Fé Batista de 1689 e outros em aproximação. Atualmente as reuniões acontecem num aconchegante galpão localizado nos fundos da casa da família Coelho, porém, os irmãos estão animados para, doravante, procurarem outro local, mais visível, onde possam dizer à comunidade sua identidade e seus propósitos.
Lembramos aos irmãos da congregação que há 100 anos chegaram àquela cidade dois missionários que, indo à igreja batista, usaram de falso testemunho para ingressar nela, provocaram tumultos, dividiram a igreja e fundaram uma denominação que está espalhada por todo o Brasil. Então, 100 anos depois, Jesus Cristo funda uma pequena congregação, na mesma cidade, disposta a pregar a verdade e viver a santidade, o que certamente produzirá efeitos muito maiores, pelo menos em qualidade, e que, por isso, eles jamais desanimassem, antes se fortalecessem no Senhor. Tendo cumprimentado aqueles irmãos calorosamente, nos despedimos e fomos dormir por poucas horas, pois o nosso vôo de volta se daria no meio da madrugada.
No retorno, por força de uma conexão em Brasília, ainda pudemos nos encontrar no aeroporto, por uma hora, com alguns irmãos da igreja em Taguatinga (DF), o que nos foi deveras significativo.  Chegamos ao nosso destino final – Caruaru – no final da tarde da segunda-feira, 5/9, em júbilo por todo o bem que Jesus Cristo fez àqueles irmãos.

Breve relato sobre a ida ao Acamp-SE (Acampamento da Igreja Presbiteriana de Aracaju)

Estância-SE, 23 e 24 de agosto de 2011

No dia 23 de agosto nos deslocamento de Delmiro Gouveia, Alagoas, até o ACAMP-SE (Acampamento da Igreja Presbiteriana de Aracaju), onde iríamos receber os módulos de Cristologia e História da Igreja do século XVI (protestantismo no séc. XVI na América Latina, Caribe e Europa). Estava conosco os irmãos Deyvid Vilela e Sandro Araújo Ramos, que vieram de Petrolândia-PE. Saímos de Delmiro e, por volta das 9h50, chegamos a Canindé do São Francisco-SE para nos encontrarmos com os irmãos Venceslau e Jinaldo, também estudantes do MINTS. Antes de chegarmos a Estância-SE, município onde está localizado o acampamento, passamos por Lagarto-SE para almoçar com o irmão Kadson, que seguiria conosco. Logo após a refeição partimos para o nosso destino final e, antes de chegarmos, juntou-se a nós o Rev. Santana Dória.
Chegamos por volta das 14h15 ao ACAMP-SE. O acampamento é bem agradável, com uma extensa área verde em todo o seu redor, contendo vários quartos coletivos, local para palestras, além da cozinha e refeitório, e área de lazer com campo, quadra e parque para crianças. Ao retirarmos nossa bagagem dos veículos, fomos rapidamente para o auditório.



O Pr. José Aristides foi nosso anfitrião, dando boas vindas a todos os presentes e apresentando o palestrante Dr. Cornelio (Neal) Hegeman, que é um dos idealizadores do MINTS. Na parte da tarde e noite recebemos o módulo de Cristologia. Nele o Dr. Hegeman enfatizou a importância do tema para os cristãos, mostrando que muitos não conhecem verdadeiramente a Cristo, até mesmo líderes evangélicos. O palestrante abordou o fundamento da igreja (apóstolos, profetas e Cristo, a pedra angular – Ef. 2.20) e expôs toda a segunda epístola de João, versículo por versículo. Como o Dr. Neal fala alguns idiomas, mas não o nosso, o Pr. Aristides foi o intérprete do espanhol para o português durante a maior parte do tempo. Após as exposições, era aberto um espaço para perguntas dos participantes.
Com o término da palestra, já passando das 21h, os acampantes tiveram oportunidade de se confraternizar até o horário de dormir. O clima estava agradável e a dormida foi providencial depois de um dia de viagem e estudos.



Na manhã do dia 24 começamos a estudar o módulo de História da Igreja (protestantismo no séc. XVI na América Latina, Caribe e Europa). Antes disso, o Dr. Neal falou um pouco sobre o MINTS e como, pela graça de Deus, depois de 10 anos, seminário encontra-se em 60 países, cobrando um valor de, no máximo, US$ 50,00 (cinqüenta dólares) – no nosso caso, o valor mensal é de apenas R$ 60,00 (sessenta reais) e vários alunos são isentos dessa taxa. O Pr. Aristides reforçou que esses valores não saem do Brasil; são utilizados para as despesas com deslocamento interno dos instrutores e o material dos alunos. O objetivo do MINTS é preparar pessoas para que, instruídos nas escrituras, fortaleçam suas igrejas com a sã doutrina, e possam se tornar professores do MINTS.

Demonstrando um vasto conhecimento da história do cristianismo, o Dr. Neal Hegeman deu detalhes de como o cristianismo chegou na América Latina, acompanhado de Cristóvão Colombo. Fazendo um paralelo entre os adventos históricos da Europa e da América Latina, o palestrante abordou o período de 1492 até 1517 (Lutero e as 95 teses), na parte da manhã.

Após o almoço, vimos do ano 1518 até o ano 1689, e o enfoque foram os símbolos de fé do protestantismo (confissões, catecismos e artigos de fé), que vieram após o surgimento das denominações (morávios, valdenses, luteranos, huguenotes, batistas, presbiterianos, congregacionais, anabatistas, anglicanos, episcopais, dentre outros). A tradução da Bíblia para o alemão por Lutero, e sua edição de comentários de livros bíblicos, desencadeou outros traduções e demais comentários em várias partes do mundo. Todos os tópicos abordados foram bem expostos pelo preletor.

Os momentos que passamos no acampamento nos foram de grande valia, tanto no conhecimento de Cristo como no Deus da história. A infra-estrutura e a organização, nos proporcionaram um ambiente propício à aprendizagem e o congraçamento. Nesse aspecto destacamos as excelentes refeições e os deliciosos lanches que nos foram servidos. Deus continue abençoando os administradores e a igreja mantenedora do acampamento.


Por volta das 17h30 estávamos retornando aos nossos lares. O retorno foi tranqüilo e debaixo da proteção de Deus. Registramos apenas o atropelamento de um cão, numa das rodovias do estado, pelo irmão Venceslau, que causou uma pequena avaria no pára-choque do seu veículo.

Às 21h40 chegamos a Canindé e, às 22h30, em Delmiro. Às 6h da manhã seguinte os irmãos Deyvid e Sandro seguiam a Petrolândia, local de suas residências. Somos gratos a Deus por tudo, pedindo a Ele que nos faça lembrar daquilo que estudamos, e nos dê condições de aprofundarmos as pesquisas, para que o conheçamos mais e mais, para o louvor da Sua glória.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Praga da Incredulidade

A maior praga que assola a sociedade moderna é a praga da incredulidade. Com o avanço da ciência, da tecnologia, os homens mais e mais querem ver a prova das coisas. E quanto mais avançam no terreno das provas, mais se distanciam do terreno da fé, do terreno daqueles que são bem-aventurados porque não viram e creram.
A incredulidade, por isso, aumenta em proporções gigantescas entre os nossos contemporâneos. E ela se manifesta na mente e na vida prática. Na mente, levando o sujeito a descrer de tudo quanto escuta acerca das coisas e Deus. E na vida prática, conduzindo a pessoa a agir como se nunca tivesse escutado a Palavra de Deus e as suas exigências para os homens.
Por tudo isso, o incrédulo está na rota de colisão com a ira de Deus, posto que a sua incredulidade desfaz de Jesus, o Verbo, desmerece a escritura infalível, suficiente e inerrante, desacredita de todos os profetas e apóstolos e pregadores fiéis, homens dos quais o mundo não era digno. Dessa forma, todos os que vivem na impiedade manifestam a incredulidade na mente, não crendo em nada do que tratam e ensinam as escrituras.
Mas também as igrejas estão povoadas de crentes incrédulos, que dizem crer na mente, porém, na prática, são tão incrédulos quanto os demais, que nunca ouviram acerca do evangelho. A escritura afirma com toda solenidade que “sem fé é impossível agradar a Deus”; Afirma que “as coisas que vemos são temporais, porém, as que não vemos, são eternas”. A escritura afirma que a fé não entra pelos olhos, mas pelos ouvidos: “Quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna”.
Portanto, nenhum incrédulo agrada a Deus, pelo contrário, Deus está profundamente irado contra o tal. Deus é a própria verdade e a incredulidade se opõe a tudo quanto seja Deus. Por isso que ela odeia a Deus e é odiada por Ele. Incredulidade e fé são incompatíveis ao extremo. Se esse for o seu caso, corra para Jesus, peça fé, pois Ele é o Autor e o Consumador da fé. Somente com fé você sairá no mortal estado da incredulidade e agradará a Deus.
Pr. Edson Rosendo
Igreja Batista Reformada de Caruaru

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Louvor a Deus

Ronaldo Lidório

É comum observar que alguns que muito tem, com abundância e mais do que precisam, por vezes permanecem em contínuo murmúrio pelo que julgam ainda lhes faltar. Nada lhes é suficiente. Outros, mesmo tendo pouquíssimo, o pouco que tem lhes basta para encher o coração de louvor e agradecimento a Deus. Isto nos leva a uma percepção bíblica de que o louvor não é definido pelas circunstâncias da vida, mas pela atitude do coração.

O Salmo 34 é um convite ao louvor e à maturidade espiritual. Nele o salmista manifesta o seu compromisso de louvar ao Senhor em “todo o tempo”(v.1).

Louvar ao Senhor ao ganhar o que se desejou, ao ter o pedido atendido ou ao ser surpreendido por uma ótima notícia não exige nada especial do nosso coração. A proposta bíblica, porém, é bem mais ampla: é louvar a Deus em “todo o tempo”, no dia bom e também no dia mau, em plena saúde e nos dias de enfermidade, quando aplaudido ou quando criticado, ao receber uma resposta positiva do Senhor ou quando Ele nos fecha um caminho que desejávamos seguir.

Louvar a Deus em “todo o tempo” implica em reconhecer que todos os planos do Senhor são planos de amor. Que, de fato, todas as coisas cooperam, de alguma forma que pouco compreendemos, para o bem dos que sinceramente amam a Deus, e isto nos basta. Louvar a Deus em “todo o tempo” implica também em reconhecer que as circunstâncias da vida, mesmo as mais difíceis, possuem algum motivo de louvor.

Neste salmo não encontramos um cenário de perfeição que nos leva ao louvor, mas um louvor que é proferido na realidade da vida que possui seus desafios realistas e constantes. Os versos 4, 5 e 6 nos falam sobre temores, angústicas e prisões. O verso 8 nos leva, entretanto, ao reconhecimento de que além das cores que pintam o presente cenário da nossa vida, Ele é bom. Somos conduzidos não apenas a compreender a Sua bondade, mas a experimentá-la: “provai e vede que o Senhor é bom”! Deus não é apresentado como aquele que realiza atos de bondade, mas como aquele que é bom em sua essência. É da natureza de Deus ser bom.

Alguns passam por angústias e tornam-se murmuradores. Outros passam por angústias e reconhecem a bondade do Senhor. A diferença está na atitude do coração.

O louvor a Deus combate também a ansiedade da alma.Depressões, ansiedades, fobias e temores são as enfermidades do nosso século. Jamais tantos medicamentos foram produzidos e consumidos para estes problemas emocionais como hoje. Neste salmo vemos que, ao lidar com o louvor, pacificamos também nossos corações. No verso 1 ele nos fala sobre a alegria, no 2 sobre a libertação de nossos temores e no 5 da libertação das nossas angústias. Louvar a Deus alegra o coração do Pai e também pacifica a nossa alma, uma vez que reconheço que minha vida está nas mãos daquele que, em todas as coisas, é bom.

Em 1873 um navio francês, o Ville de Havre, seguia da costa leste americana para a Europa. Entre os passageiros encontravam-se a senhora Spafford e seus quatro filhos, esposa de um cristão piedoso, jovem advogado de Chicago. Nesta viagem o navio sofre um acidente e vem a naufragar, morrendo quase todos os tripulantes. Dias de desespero se seguem com a ausência de notícias para as famílias dos desaparecidos em alto mar. Finalmente o senhor Spafford recebe um telegrama comunicando que sua esposa foi encontrada ainda com vida, mas estava só. A mensagem sobre a perda de seus quatro filhos lhe aflige a alma. Ele chora e lamenta. Depois senta-se e escreve a letra de um hino que se tornaria conhecido em todo o mundo: “It is well with my soul” (Está bem a minha alma), conhecido como “Sou feliz com Jesus”. Nele ele diz:

Se paz a mais doce me deres gozar
se dor a mais forte sofrer
Oh, seja o que for, Tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou
 
O louvor a Deus não é definido pelos marcadores da nossa história,mas sim pela bondade do Senhor que vai além das linhas do horizonte do entendimento da vida. Louvar a Deus é reconhecer que a Sua bondade será sempre maior do que qualquer tragédia que possa se abater sobre nossa existência. É cantar a Sua bondade nos dias de luz e alegria, e não deixar de fazê-lo nos dias de neblina forte e cores cinzas. Sua bondade é maior que a vida.

Um dia, em luz plena e eterna, cantaremos a Sua bondade, em “todo o tempo”. Não precisaremos de fatos da vida para fazê-lo. A Sua presença nos bastará.

Louvar a Deus é uma atitude do coraçãoPDFImprimirE-mail

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Reflexões em Deuteronômio: Escuta, Igreja! o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!

Deuteronômio 6.1-9

Introdução

O texto de Dt. 6.1-9 é um dos núcleos do segundo sermão de Moisés e constitui a profissão de fé israelita, a Shemá.

O segundo sermão começa com a exposição dos princípios fundamentais como o Decálogo – os 10 Mandamentos (Dt. 4.44-5.33); culto ao único e verdadeiro Deus (Dt. 6); a guerra aos cultos idólatras (Dt. 7-11); e as leis relacionadas com o culto e a conduta de Israel (Dt. 12-26).

Na postagem anterior, onde expomos o primeiro discurso de Moisés, vimos que o líder de Israel falara para a nova geração, admoestando paternalmente aqueles que se encontravam prestes a herdar Canaã.

Ele relembrou os principais erros cometidos desde à saída do Egito. Que, não fosse a incredulidade, apenas 11 dias seriam necessários, ao invés dos 40 anos, para que se tivesse chegado à Terra Prometida. Que a conquista da Transjordânia ocorreu porque eles confiaram em Deus, que agiu soberanamente para que isso acontecesse e, exortou-os para que, quando envelhecessem, não esquecessem de tudo o que viram e experimentaram por parte do Eterno.

Desenvolvimento

Versículo 1

Moisés tinha acabado de repetir o decálogo para o povo, como eles tinham reagido à manifestação da divindade (trovões, relâmpagos) e como Deus expôs a Moisés o que havia verdadeiramente no coração deles.

Israel precisava desses mandamentos, estatutos e juízos! Agora era uma numerosa nação, bem diferente da quase imperceptível família que adentrara no Egito nos tempos de José, não fosse a fama desse servo de Deus.

Lembremos que este era, podemos assim dizer, o mais perfeito código civil e religioso de conduta da época (Dt. 4.8). Era perfeito porque vinha do “Ser Perfeito”. Para que fosse observado na Canaã. Isso era a antecipação do Céu, pois: Era um lugar que mana leite e mel (Nm. 13.27) sendo governado pelo próprio Deus, através de representantes que têm em suas mãos a melhor constituição civil e religiosa.

Versículo 2

O versículo dois nos mostra que o homem precisa de uma lei para agradar a Deus. Ele não pode fazê-lo sem essas orientações. Foi assim mesmo antes da queda e muito mais depois dela, quando passamos a carregar o pecado desde nossa concepção. A Lei serve para inibir o mal que em nós habita, como também nos mostrar o que devemos e o que não devemos fazer.

Ela (a Lei) é para os que a ouviram da boca do próprio Deus, como para seus filhos, netos e toda a geração futura; e não serve apenas quando estamos prestando o culto a Deus, ou quando nos reportamos às atividades “sagradas”. É pra ser guardada – que significa observada, cumprida – todos os dias da tua vida.

Sendo assim, os dias serão prolongados, porque Deus é misericordioso. Caso contrário, a justiça de Deus se encarregará de retribuir a desobediência (Dt. 7.9-10). Daí o verdadeiro temor a Deus constituir-se em guardar seus mandamentos.

Versículo 3

Quem dera Israel tivesse em mente somente os benefícios! Porque a observância da Lei só traz benefícios: ser bem sucedido e próspero (Dt. 7.13-16).

Versículo 4

O versículo quatro constituí a confissão de fé dos israelitas, a “Shemá”. É recitada todos os dias, pela manhã e à noite. Reza a tradição judaica que as primeiras palavras que a criança deve aprender a pronunciar são: Shemá Yisrael (Escuta, Israel). E as últimas palavras que pronuncia o israelita ao morrer são: O Eterno é nosso Deus, o Eterno é um.

Como a Igreja é o Israel de Deus, podemos fazer um paralelo e aplicar esse chamado a todos aqueles que ele elegeu, esse chamadoEscuta, Igreja!

Essa intimação a dar ouvidos, não fica restrito ao sentido da audição, ou da percepção do chamado pelo intelecto. Queremos dizer que essas palavras não foram dirigidas apenas aos ouvidos, senão, principalmente, ao coração. Quando elas invadem o coração e a alma, encontramos uma igreja que verdadeiramente teme e obedece a Deus. Que não pratica uma vida de superficialidade, encenando ser cristã, monoteísta, enquanto possui outros deuses: o da conveniência, da “necessidade”, da “oportunidade”.

O contexto histórico-religioso dessa época era o do politeísmo. O Egito e as demais nações que Israel tinha contato, possuíam vários deuses, seus rituais eram cruéis e demoníacos. As riquezas e gorduras dessas nações não poderiam encher os olhos de Israel: seu desenvolvimento, seu patrimônio, sua cultura. Porque levariam o povo de Deus a pecar (Dt. 7.1-5; 25-26).

Hoje não há muita diferença. A questão é que atualmente nós temos a sutileza, a aparência de santidade, o engodo, o lobo em pele de ovelha. O status, as realizações, a fartura de muitos, inclusive religiosos, estão pondo dúvidas em nossas mentes quanto à fé que professamos.

Por isso, Deus adverte seu povo com o Shemá: Escuta, Igreja! Atenta para as palavras do teu Deus, porque há um só Deus e uma só verdade!

Versículo 5

O verdadeiro significado de amar a Deus encontra-se na totalidade da devoção. Corresponde à correta profissão de fé, às atitudes que denotam uma ortopraxia, como também a correta intenção do coração, porque não basta uma mera obediência externa à lei.

Deus conhece e julga as intenções do coração. Há pouco ele revelou a Moisés o que havia no interior do coração dos israelitas, quando estes exteriormente falaram bem, entretanto, no seu íntimo não se achava o sentimento equivalente (Dt. 5.28-29).

Aplicação Pontual

Caros leitores, quando devemos fugir da hipocrisia? Quando nossos lábios professam algo que não há guarida para tal em nossos corações e até mesmo nossas mentes! Quando fazemos críticas tais ao próximo ou irmão, ao passo em que sabemos que realizamos as mesmas obras em oculto, e não nos envergonhamos disso, nem sequer nos esforçamos para mudar nossa prática!

Quantos de nós não professa amar a Deus? Talvez poucos afirmem o contrário. Mas nossa prática está distante.

A palavra amar é tão mal empregada por causa da sua banalização, que o seu sentido real tem se perdido com o tempo. Amar é doar-se, é não procurar seus próprios interesses, antes o interesse daquele que é objeto do amor; é esperar e confiar; é suportar e não se irritar/enfurecer (I Co. 13).

Quem ama a Deus, guarda os seus mandamentos porque são lâmpada para os nossos pés e luz para nosso caminho (Sl. 119.105).

Versículo 6 e 7

A lei de Deus não estava somente nas tábuas de pedra, perto de Moisés, e longe do povo. Não residia apenas com Deus nos céus, nem era de difícil entendimento. Depois de promulgada ao povo, ela foi gravada nos seus corações e todos a conheciam.

Eles deveriam repeti-la insistentemente aos seus filhos para que ficasse gravada no espírito. Era pra ser recomendada, aconselhada, mostrada e demonstrada, no interior dos seus lares, andando pelo caminho, ao dormir e ao acordar. Todos os momentos deveriam ser utilizados para o ensino da Lei de Deus.

Para que a criança conhecesse a vontade de Deus e a tivesse em alta conta. Conhecer a Lei de Deus é conhecer seu caráter, a sua essência, porque nela se encontra a perfeição – como expressa o livro dos Salmos 19.7-11. Para que a criança conhecesse os feitos do Deus a quem seus pais serviam (Dt. 6.20-25) – e venha a esconder a palavra no seu coração para não pecar contra Jeová (Sl. 119.11).

Versículo 8 e 9

É preciso meditar nessa lei diariamente. Assim como necessitamos do alimento, muito mais da Palavra de Deus – porque não só de pão viverá o homem (Dt. 8.3).

Somos propensos a nos esquecermos dos feitos de Deus em nossas vidas. O cotidiano, as atividades diárias, fazem com que passemos a agir no “automático”. As bênçãos são rapidamente esquecidas, assim como advertiu o Senhor a Israel (Dt. 6.10-12; 8.11-20). O compromisso com Deus é substituído por outras atividades que “roubam” quase todo o nosso tempo, restando para Deus apenas as sobras, quando elas existem.

Deus está dizendo: Amarra minha palavra nos teus punhos, pendura-a nos muros das tuas casas para que não venhas a te esquecer de mim. Porque Israel, tu és meu povo (Dt. 7.6-8).

Da mesma forma que Deus tirou a Israel da escravidão do Egito, nos tirou do lamaçal do pecado. Com a mesma mão poderosa, por amor ao seu nome, mediante o sacrifício de Jesus Cristo!

Da mesma forma que ele tinha prazer em abençoar a Israel, também se alegra em derramar bênçãos sobre nós (Dt. 7.1215). Maiores motivos, por assim dizer, temos nós de obedecermos ao Senhor. Porque, enquanto Israel vislumbrava a Terra Prometida (terra que mana leite e mel), nós vislumbramos o Novo Céu e a Nova Terra.

Conclusão

Agora, pois, ó Igreja, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? (paráfrase de Dt. 10.12-13).

O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amém!

Diác. Rogério Brilhante Gonçalves
Igreja Batista Emanuel Reformada em Petrolândia

Visita à Igreja Batista Emanuel Reformada

PETROLÂNDIA – 5 e 6 DE FEVEREIRO/2011

Estivemos em mais uma visita à igreja em Petrolândia neste último fim de semana. Consideramos essa igreja em alta conta por ser a nossa igreja-mãe, aquela que sentiu as dores de parto para que nascesse a igreja em Caruaru. Desde a noite da sexta-feira que fomos recebidos pelo diácono Wellington e juntos tomamos uma sopa da Soparia da igreja, na companhia de Wilson e Dagoberto (nosso companheiro de viagem). Depois de conversarmos por um bom tempo, fomos dormir no Hotel Pontal do Lago. No sábado pela manhã participamos do aniversário das crianças Abraão e Wayne, filhos dos diáconos Rogério e Wellington, respectivamente, cuja feste se estendeu até às 13 horas. À tarde aproveitamos para descansar um pouco e à noite nos reunimos com os irmãos na igreja a fim de cultuarmos a Deus, e na ocasião pregamos sobre as qualificações que devem ter os homens que trabalham na obra do Senhor, usando os textos de Ex 18.13-27 com o apoio de At 6.1-7. No domingo pela manhã expusemos a escritura sobre arrependimento legítimo, baseando o sermão em Mateus 26 e 27, mostrando os casos de Judas e Pedro, dois dos apóstolos do Senhor. No domingo à noite tivemos a Ceia no culto público e depois pregamos sobre um assunto bastante esquecido das igrejas da atualidade: a humilhação do crente diante de Deus.

Observamos significativa redução no número de irmãos em todas as reuniões que tivemos. Algumas questões resolvidas nos últimos 15 meses (mais ou menos) tiveram como resultado a exclusão de alguns irmãos. Uma coisa, porém, estava clara: a coesão dos poucos irmãos presentes. Havia um espírito de perdão no ar, um espírito de disposição de um novo começar. Em conversas com um e com outro pude perceber nas respostas que davam que os irmãos não mais possuem pendências de relacionamentos entre eles. Observei que um caso de disciplina se desenrola, porém, aproveitei e conversei bastante com o irmão em pauta, dando-lhe conselhos e incentivando-o à rendição imediata e irrestrita, o que ele prometeu fazer.

O meu companheiro de viagem ficou profundamente impressionado com a igreja, com a harmonia entre os irmãos, com a simpatia, simplicidade e acolhimento. Maravilhou-se com a liturgia do culto, chegando a dizer que onde a escritura é pregada com verdade o culto é sempre igual, querendo dizer da uniformidade confessional quanto à liturgia do culto público.

Observei que os irmãos estão bastante carentes da presença de um pastor efetivo, pois há quase um ano que estão sem pastor. Nesse período, os diáconos Rogério Brilhante e José Wellington, além do pastor Valdir Penaforte (que reside em Petrolina, distante 400 km), revezam-se na condução do rebanho.

A nossa visita foi de enriquecimento mútuo e nos encoraja a orar ainda mais para que o Sumo Pastor, Jesus Cristo, conduza logo um pastor humano para comandar o seu rebanho ali naquela amada igreja.

Na mesma noite domingo, depois do culto, e depois de tomarmos uma rápida refeição, servida nas dependências da igreja, retornamos para Caruaru, chegando em casa por volta da 1 da manhã, numa viagem bastante tranqüila, pela graça de Deus.

Pr. Edson Rosendo
Igreja Batista Reformada de Caruaru

Viagem Missionária a Caruaru e João Pessoa

Amados irmãos, mais uma vez o Senhor nos proporcionou momentos jubilosos em mais uma viagem missionária.

Alguns dias atrás meditávamos (Pastor Valdir Penaforte e Diácono Wellington) sobre como poderíamos visitar o pastor Alan, o qual reside na Paraíba. Fizemos alguns planos os quais não foram positivos; Os nossos planos não eram como os de Deus reservados para nós, pois diz provérbios 16.1: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR”. A resposta para essa viagem veio do Senhor que muito nos abençoou desde a saída até à volta aos nossos lares.

Saímos no sábado à noite cada um de sua cidade em direção a Caruaru: o Pr. Valdir de Petrolina por volta das 21h40min, chegando por volta das 5h.40min, e o diácono Wellington saindo de Petrolândia por volta das 23h10min e chegando às 5h. do domingo em Caruaru. Ambos fizemos uma viagem agradável, pois a ansiedade santa de estarmos com os irmãos muito nos alegrava. Aguardamos a chegada do Pr. Edson, o qual foi nos pegar e nos levou para um descanso em uma pousada, antes de começar o estudo pela manhã. Por volta das 9h20min. o irmão Osvaldo nos pegou na pousada e nos levou para a igreja.

Em lá chegando, encontramos uma igreja alegre, firmada na doutrina dos apóstolos, e compromissada com a verdade. Além disso, era visível o contentamento dos amados irmãos pelas bênçãos de Deus derramadas sobre eles e em especial pelo novo local de trabalhos que Deus estava lhes concedendo. Que alegria, que amor daqueles amados irmãos, pudemos sentir! E para completar aquela manhã de júbilo, o Senhor nos presenteou com uma mensagem genuína da sua palavra através do Pr. Edson: “O QUE É NECESSARIO PARA UMA VERDADEIRA ADORAÇÃO”. Fomos todos alimentados com o maná do céu. Após o término daquele estudo, cada irmão dirigiu-se ao seu lar. O Pr. Valdir foi com o irmão Manezinho e família. O diácono Wellington ficou com o Irmão Ezequias e família. Passamos uma tarde agradabilíssima com aqueles irmãos e seus familiares.

No inicio da noite o irmão Manezinho nos levou a igreja para o culto solene. Foi um culto genuíno, onde os irmãos se apresentaram com toda reverência, santo temor e tremor, com toda humildade e piedade. Para completar os requisitos de um verdadeiro culto, o Senhor concedeu mais uma mensagem divina através do Pr. Edson, com o título “O PERFIL DO HOMEM QUE SE HUMILHA”. Nessa mensagem Deus foi colocado no mais sublime trono, enquanto que o homem no seu devido lugar: no pó.

Para terminar aquele maravilhoso dia, após o culto, foi feito uma comemoração de agradecimento pelos aniversariantes do mês de janeiro e por aquele novo local de reunião da igreja. É um local muito agradável que satisfez todos os irmãos. Quando tudo terminou fomos para o repouso nos preparar para o dia seguinte, pois iríamos a João Pessoa na Paraíba, visitarmos o Pr. Alan e a família do Pr. Valdir.

VIAGEM A JOÃO PESSOA

Depois de experimentarmos um dia do Senhor muito enriquecedor, por casa das muitas bênçãos de Deus sobre os adoradores, depois de uma rápida noite de sono, reunimo-nos na segunda-feira logo cedinho e rumamos para a capital da Paraíba. Valdir, Edson e os diáconos Wellington (Petrolândia) e Osvaldo (Caruaru). Seguimos pela cidade de Campina Grande, num trajeto de trânsito livre e belas paisagens, principalmente por causa do verde que despontou com as últimas chuvas. Chegamos a João Pessoa às 11h30 e logo nos encontramos com o objeto da nossa viagem: o pastor Allan. Esse irmão havia feito contato com a CRBB há alguns anos e foi encaminhado por Gilson para Edson e Valdir, porém a comunicação não foi seqüenciada por falhas na net. Porém, recentemente, a comunicação foi restabelecida com o pastor Valdir e logo esse encontro foi acertado. Assim que nos encontramos, dirigimo-nos a um shopping próximo onde nos sentamos para almoçar e conversar; eram 13h00. Quando nos levantamos para sair já passava das 16h00. O pastor Allan, judeu-brasileiro, nasceu na única cidade verde do sertão paraibano – São José do Rio do Peixe, onde seus ancestrais se instalaram quando emigraram de Portugal no século XVIII. Jovem disciplinado na leitura, não tardou em conhecer a fé dos apóstolos, pela explicação de livros e mais livros que acostumado a ler desde cedo. Depois do segundo grau, matriculou-se no Seminário Betel em João Pessoa onde se bacharelou em teologia. Perto da conclusão do curso, foi pastorear a igreja batista na sua cidade natal e foi consagrado ao ministério. Retornando a João Pessoa e tendo concluído o curso e ainda pela forte influência presbiteriana na área, foi trabalhar num presbitério da grande João Pessoa, comandando uma igreja presbiteriana de uns 100 membros, porém, sem realizar os atos pastorais (como eles chamam o batismo infantil, a ceia, a assembléia e outras coisas mais). Muitas oportunidades têm surgido na vida do pastor Allan para pastorear outras igrejas presbiterianas (e excelentes oportunidades), porém, o seu coração batista não permite tal migração, por isso da sua inquietação em conhecer os batistas da CRBB a fim de visualizar o alcance da Reforma entre os batistas e as oportunidades para servir entre os tais. O pastor Allan é solteiro ainda (noivo, na verdade) e além de pastor da igreja presbiteriana referida, é também professor em diversas instituições teológicas na Paraíba. No final da conversa, depois de dizermos mutuamente o que esperamos dele e ele de nós, ele foi desafiado a estar conosco por ocasião do Retiro de Carnaval que as igrejas de Caruaru/Petrolândia/Petrolina realizarão na cidade de Garanhuns (PE), num hotel-fazenda, o que seria uma excelente porta de, numa tacada só, conhecer o miolo dos batistas reformados em Pernambuco. Ele prometeu se empenhar para se fazer presente juntamente com a noiva. Na verdade, tudo o que conversamos em apenas 3 horas seria suficiente para encher um livro, sendo este relato apenas um pequeno extrato da conversa. O pastor Allan tem grandes convicções reformadas, é bem confessional, não possui nenhuma fantasia pentecostal, é muito zeloso quanto à indissolubilidade do casamento e, mesmo militando nas fileiras presbiterianas, é avesso até às últimas consequências ao divórcio para crentes. Notei, contudo, que precisa fazer algumas diferenças na questão das alianças, coisa que rapidamente entenderá quando sair do ambiente pedobatista.

Quando íamos deixar o pastor Allan em sua casa, passamos antes rapidamente no apartamento onde moram os pais do pastor Valdir Penaforte. Encontramos o senhor Odir Penaforte, um senhor de 82 anos, hoje aposentado (foi diretor do INSS na cidade de Garanhuns-PE durante toda a vida profissional) muito bem recuperado de um AVC sofrido há alguns anos, bastante lúcido, conversando animadamente, entremeando a conversa com momentos de emoção, relembrando fatos quando juntos trabalhávamos nas searas arminianas em Pernambuco. Depois nos sentamos ao piano (ele é músico; a mãe do pastor Valdir é musicista e as duas irmãs tem vozes de anjos) e tocamos 2 salmos: o salmo 16 e o salmo 40, que possuem melodias conhecidas (TU ÉS FIEL, SENHOR e QUÃO GRANDE ÉS TU), onde todos os presentes puderam cantar com grande vibração por causa da familiaridade com as melodias. Eu, os dois diáconos, o pastor Valdir e mais o pastor Allan integramos a parte masculina do “Coral”, enquanto a mãe do pastor Valdir (Eunice) e mais as duas irmãs (Márcia e Eleide), integraram a parte feminina do Coro. Depois disso lemos a escritura no Salmo 71 e oramos, despedindo-nos daqueles saudosos irmãos. O pastor Valdir (chorão como sempre) deu uma última palavra de despedida que eu não entendi patavina. Seria preciso um Baruque, intérprete do profeta Chorão. Entramos no carro e mais algumas quadras à frente paramos novamente para abraçar o pastor Allan, de modo efusivo e saudosa. Seguimos viagem para Caruaru, chegando ás 22h00 e indo direto para o terminal rodoviário, onde o pastor Valdir e o diácono Wellington tomaram o ônibus para o sertão. No dia seguinte, ao acordar e ligar o micro, pude perceber que Deus ouviu minha oração noturna, dando boa viagem aos irmãos, pois na página de recados já estava registrada a chegada dos irmãos em seus desejados portos, sãos e íntegros. Nós de cá do nordeste envidaremos os esforços para representar a CRBB junto ao pastor Allan e lhe dar o suporte que estiver ao nosso alcance.

Pr. Edson Rosendo
Pr. Valdir Penaforte
Diác. José Wellington
Diác. Osvaldo